quinta-feira, 24 de maio de 2012

06 DE MAIO - DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA


Data criada no intuito de divulgar
a importância da Matemática

No dia 06 de maio de 1895 nasceu Júlio César de Melo e Souza, mais conhecido como Malba Tahan. Escritor e professor de Matemática, ele é autor de inúmeras obras literárias, dentre elas O Homem que Calculava, que relata as enigmáticas histórias de um calculista repleto de estratégias matemáticas na resolução de problemas cotidianos.
Em referência a Júlio Cesar de Melo e Souza, o Dia Nacional da Matemática é comemorado em 6 de maio, de acordo com uma lei aprovada pelo Congresso Nacional no ano de 2004, no intuito de divulgar a ciência como uma importante ferramenta de trabalho humano.
Nesse dia, os matemáticos ligados à área da educação devem promover dinâmicas, com o objetivo de divulgação da data comemorativa, bem como demonstrar que a Matemática é definitivamente importante na evolução da sociedade, visto que seu próprio crescimento ocorreu de acordo com o processo de modernização regido pelas ações humanas ao longo do tempo.
Esse trabalho de divulgação também tem o propósito de mostrar às pessoas que a Matemática não é tão complicada como muitos pensam. Suas aplicações facilitam o entendimento em processos de contagem relacionados a cálculos diários e cotidianos. As instituições escolares possuem papel decisivo nessa divulgação, que pode ocorrer através de palestras, oficinas, feiras, mostras de trabalhos confeccionados pelos alunos, abordando as inúmeras utilizações da Matemática.
Por Marcos Noé
Graduado em Matemática
Equipe Brasil Escola

domingo, 19 de fevereiro de 2012

BOLO NEGRO

Esta receita é de um bolo pequeno e que assa diferente.

Bate 2 xic açúcar com 250 g margarina. Depois acrescenta 4 ovos, 2 xic trigo, 1 xic nescau, 1 col. sopa fermento, e por último 1 xic de água fervente.
Leva ao forno em forma untada para assar.

BOLO DE CHOCOLATE MOLHADO

Bate no liquidificador:
2 xic leite
250 g margarina
3 ovos
3 copos de açúcar

Mistura numa bacia:
4 xic trigo
1 xic chocolate ou nescau
1 col sopa bicarbonato de sódio
1 pit. sal
1 col sopa fermento

Leva ao forno em forma untada.

Leva ao fogo mexendo até ferver 1 lt leite condensado + 3 col nescau. Despeja sobre o bolo assado.

BOLO BOMBOCADO

Bate no li:quidificador os ingredientes abaixo e leva ao forno em forma untada.
3 xic açúcar
3 xic leite
1 xic trigo
4 ovos
1 col sopa de fermento
100 g côco ralado
2 col sopa margarina
1 pit.sal

sábado, 17 de dezembro de 2011

TESTES PORTUGUÊS - CONCURSO

QUESTÕES PROPOSTAS FCC- AULA 4

PROFESSORA: VANESSA ALVES

INTELECÇÃO TEXTUAL

CONCEITO DE TEXTO: texto é um tecido verbal estruturado de tal forma que as ideias formam um todo coeso e coerente. Todas as partes de um texto devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Essas três qualidades (UNIDADE, COERÊNCIA e COESÃO) são essenciais para a existência de um texto.

O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura em sua ideia básica ou ideia núcleo, ou seja, realizar um trabalho analítico buscando os conceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Essa operação fará com que a essência do texto “salte aos olhos”.

Em sua análise, o leitor deve identificar no texto alguns conceitos. São eles:

TEMA CENTRAL Proposição essencial que vai ser tratada ou demonstrada. Assunto primordial de que trata o texto.

IDÉIA GLOBAL Conceito integral (opinião ou pensamento) baseado nos objetivos discursivos do emissor que permeia todo o texto e o justifica.

TÓPICO DE UM PARÁGRAFO Temático central que é apresentada e discutida no parágrafo considerado, geralmente mediante desenvolvimento da argumentação.

ARGUMENTO PRINCIPAL DEFENDIDO Corresponde à tese (proposição exposta para debate). Geralmente é apoiada em argumentos com o intuito de convencer um público-leitor sobre o ponto de vista chave apresentado pelo autor.

PERGUNTAS FUNDAMENTAIS

Uma boa medida para saber se o texto foi bem compreendido é responder três questões básicas.

1. Qual é a questão de que o texto está tratando?

2. Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão?

3. Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a sua opinião?

Tipologia

3T Temática




Tese

TEXTO 1

O Brasil abriga 13% das espécies da fauna e da flora existentes em todo o mundo – e a maior parte delas está na Amazônia. A floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados é habitada por centenas de milhares de plantas, animais, fungos, bactérias. Um refúgio de suas matas ou um braço de seus rios pode conter mais espécies do que continentes inteiros.

As estimativas dos cientistas são de que só 10% das espécies existentes na Amazônia brasileira sejam conhecidas.

Talvez menos. Ainda, assim, na escala amazônica, 10% já englobam números espantosos. Só de anfíbios são 250 espécies catalogadas, ante as 81 da Europa. Os mamíferos são 311, com mais de 20 espécies de macacos e 122 de morcegos. As abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. Em uma única árvore da Amazônia já foram encontradas 95 espécies de formigas – 10 a menos do que em toda a Alemanha.

Mas há uma imensidão ainda a ser desbravada. E não é preciso ir longe para encontrar novas espécies: mesmo no rio

Amazonas, o mais explorado da região, as descobertas são rotineiras – em 2005, foi identificado um exemplar de piraíba, que pode chegar a mais de dois metros. Levantamentos recentes feitos com redes de arrasto revelaram um universo de peixes elétricos e outros animais exóticos, que vivem nas áreas mais profundas do rio, em escuridão total.

A maior parte da Amazônia ainda é território inexplorado pela ciência. Estima-se que até 70% das coletas feitas sobre a biodiversidade estão restritas ao entorno de Manaus e Belém – onde estão o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Museu Goeldi e as principais universidades. Diante do tamanho e da heterogeneidade da região, é o mesmo que observá-la por um buraco de fechadura. Faltam respostas para perguntas básicas: quantas espécies existem na região? Como elas estão distribuídas? Qual o papel de cada uma na natureza?

Ninguém sabe dizer ao certo. A maior biodiversidade do planeta é também a mais desconhecida.

(Adaptado de Herton Escobar. Amazônia. O Estado de S. Paulo, nov/dez 2007, p.30/31)

1. (TRF-5ª Região-2008) A afirmativa correta, em relação ao texto, é:

(A) O desenvolvimento científico não permite aos pesquisadores informações suficientes sobre algumas das espécies existentes na Amazônia.

(B) Cientistas, apesar de todas as pesquisas desenvolvidas na Amazônia, esbarram em dificuldades para catalogar as espécies existentes nas proximidades das capitais da região.

(C) O maior número de pesquisas tem por referência o rio Amazonas, que concentra a maior variedade de animais e de micro-organismos da região.

(D) Alguns continentes inteiros não apresentam um ecossistema com tantas e tão variadas espécies quanto o da região amazônica brasileira.

(E) A correta identificação de novas espécies da fauna e da flora amazônicas é prejudicada por dificuldades técnicas que impossibilitam os estudos científicos.

2. (TRF-5ª Região-2008) Mas há uma imensidão ainda a ser desbravada. (3o parágrafo)

A frase do texto que reproduz o mesmo sentido da afirmativa acima é:

(A) O Brasil abriga 13% das espécies da fauna e da flora existentes em todo o mundo ...

(B) Um refúgio de suas matas ou um braço de seus rios pode conter mais espécies do que continentes inteiros.

(C) ... mesmo no rio Amazonas, o mais explorado da região, as descobertas são rotineiras ...

(D) ... onde estão o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Museu Goeldi e as principais universidades.

(E) A maior parte da Amazônia ainda é território inexplorado pela ciência.

3. (TRF-5ª Região-2008) Só de anfíbios são 250 espécies catalogadas, ante as 81 da Europa. (2o parágrafo)

A afirmativa acima, no contexto, é um exemplo que

(A) aponta os 10% das espécies existentes na Amazônia brasileira.

(B) identifica as respostas para perguntas básicas.

(C) sustenta a opinião de que 10% já englobam números espantosos.

(D) reforça o sentido de que o rio Amazonas é o mais explorado da região.

(E) contraria a informação de que não é preciso ir longe para encontrar novas espécies.

TEXTO 2

O governo brasileiro está certo ao eleger a manutenção do emprego como prioridade, mas isso não bastará para preservar o novo padrão de vida alcançado por milhões de famílias, se os chamados fundamentos da economia forem comprometidos. A redução da pobreza no Brasil, desde a última década, resultou não só do retorno ao crescimento econômico, mas também do controle da inflação e do fortalecimento das políticas sociais. A lembrança destes fatos é particularmente importante neste momento, quando a crise global ameaça lançar milhões de pessoas na miséria, em todo o mundo, e as metas de redução da pobreza as chamadas Metas do Desenvolvimento do Milênio parecem tornar-se mais distantes.

Com uma indústria importante e diversificada e uma agropecuária eficiente e competitiva, o Brasil tem condições excepcionalmente favoráveis para enfrentar a crise originada nos mercados financeiros do mundo rico. Mas uma parcela considerável de sua população ainda vive em condições precárias e alguns milhões de famílias só recentemente ingressaram no mercado de consumo. Os efeitos sociais mais graves da crise devem ser menos sentidos no Brasil do que em outros países em desenvolvimento, mas nem por isso as autoridades nacionais devem desconsiderar o cenário social descrito no Relatório de Acompanhamento Global preparado pelo Banco Mundial.

Segundo esse relatório, o número de pessoas em extrema pobreza aumentará em 2009 devido à crise global. A retração econômica nos países em desenvolvimento deverá jogar na extrema pobreza 55 milhões de pessoas, na melhor hipótese, ou 90 milhões, na menos favorável, segundo o Banco Mundial. Os países de renda baixa serão afetados, de acordo com o relatório, por uma combinação de desastres: redução dos volumes e dos preços de exportação, do dinheiro enviado pelos migrantes, do turismo, do investimento estrangeiro e, talvez, da ajuda oficial. Muitas famílias em países pobres ou em desenvolvimento dependem da ajuda de parentes no exterior. Com o desemprego no mundo rico, essa fonte secou.

As maiores vítimas da crise global pouco sabem de economia e finanças e simplesmente batalham para manter suas famílias e conquistar melhores condições de vida. Nos países de renda média como o Brasil, isso pode corresponder a uma geladeira, um televisor, um aparelho de som comprados a crédito e, mais importante, mais educação para os filhos.

(O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 26 de abril de 2009, com adaptações)

4. (TREPI-2009) Em resumo, o texto diz que

(A) o maior problema, que impede o crescimento econômico brasileiro, está na ausência de educação de qualidade para boa parte da população.

(B) a atual crise econômica mundial terá como consequência o aumento da pobreza em todo o mundo, embora os efeitos dessa crise pareçam menos ameaçadores no Brasil.

(C) o desconhecimento das características da economia e das finanças públicas de um país é fator que compromete o crescimento do mercado de consumo.

(D) o comportamento imprevisível de uma sociedade preocupada com o desemprego é empecilho para um desenvolvimento realmente sustentável do país.

(E) as condições precárias em que vive boa parte da população brasileira são uma realidade que põe em xeque a sustentabilidade das políticas sociais.

5. (TREPI-2009) De acordo com o texto, a redução da pobreza no Brasil teve como razões principais:

(A) ênfase no número de empregos, expansão da indústria e agropecuária bastante rentável.

(B) manutenção do número de empregos, fortalecimento da indústria e agropecuária expressiva.

(C) retomada do crescimento econômico, controle da inflação e políticas sociais efetivas.

(D) crise financeira nos países ricos, controle eficaz da inflação e expansão industrial.

(E) crescimento do mercado consumidor, retração econômica nos países ricos e agropecuária competitiva.

6. (TREPI-2009) É correto associar o último parágrafo do texto à ideia exposta em:

(A) A lembrança desses fatos é particularmente importante neste momento ...

(B) ... quando a crise global ameaça lançar milhões de pessoas na miséria, em todo o mundo ...

(C) ... o Brasil tem condições excepcionalmente favoráveis para enfrentar a crise originada nos mercados financeiros do mundo rico.

(D) ... uma parcela considerável de sua população ainda vive em condições precárias ...

(E) ... e alguns milhões de famílias só recentemente ingressaram no mercado de consumo.

7. (TREPI-2009) O desenvolvimento do texto se faz

(A) como um relatório de fatos que vêm acontecendo no mundo todo, simultâneos à atual crise econômica global.

(B) numa análise dos efeitos da crise financeira mundial e do surgimento de futuras consequências dessa crise.

(C) a partir de uma situação de tranquilidade para a economia global, em virtude da manutenção da oferta de empregos.

(D) de modo a valorizar os direitos inerentes, à população brasileira, de manutenção do padrão de vida já alcançado.

(E) de maneira pessimista, como alerta para uma crise mundial descontrolada, o que não permite previsões sobre seus efeitos no momento.

TEXTO 3

O documentário E Agora? pretende revelar detalhes do tráfico de aves silvestres no Brasil. Segundo o produtor Fábio Cavalheiro, o longa-metragem apresentará cenas de flagrantes de tráfico, as rotas do comércio ilegal e entrevistas com autoridades e representantes de ONGs.

A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aprovou o projeto e, agora, busca-se patrocínio. A ONG SOS Fauna, especializada em resgates, foi uma das orientadoras para a produção do filme.

O longa também se propõe a discutir outro problema: o fato de que, mesmo quando salvas das mãos dos traficantes, muitas aves não são reintroduzidas na natureza.

Além da versão final editada para o cinema, as entrevistas e materiais pesquisados estarão disponíveis para pesquisadores que queiram se aprofundar no tema. A intenção é a de que o filme contribua para a educação – e, por isso, será oferecido para estabelecimentos de ensino.

Entre as espécies mais visadas pelos traficantes estão papagaios, a araponga, o pixoxó, o canário-da-terra, o tico-tico, a saíra-preta, o galo-de-campina, sabiás e bigodinho.

(O Estado de S. Paulo, A30 Vida, Planeta, 21 de novembro de 2010)

8. (TRETO-2011) O assunto do texto está corretamente resumido em:

(A) Um longa-metragem, em forma de documentário, abordará o tráfico de aves silvestres no Brasil, e terá objetivos educativos.

(B) A Ancine deverá escolher e patrocinar a realização de alguns projetos de filmes educativos, destinados

às escolas brasileiras.

(C) ONGs voltadas para a proteção de aves silvestres buscam a realização de novos projetos, como a de filmes educativos.

(D) Várias espécies de aves silvestres encontram se em extinção, apesar dos constantes cuidados de ONGs destinadas à sua proteção.

(E) Apesar das intenções didáticas, filme sobre tráfico de aves silvestres não atinge sua finalidade educativa.

9. (TRETO-2011) O texto informa claramente que

(A) o produtor do documentário sobre aves silvestres baseou-se em entrevistas com pesquisadores para desenvolver o roteiro do filme.

(B) as discussões referentes aos diversos problemas que colocam em perigo as aves silvestres já estão em andamento na Ancine.

(C) algumas Organizações Não Governamentais estão se propondo a proteger aves silvestres capturadas e a preparar seu retorno à natureza.

(D) o objetivo principal do documentário será oferecer subsídios a pesquisadores interessados em estudos sobre aves silvestres brasileiras.

(E) o projeto do documentário sobre o tráfico de aves silvestres já foi aprovado, mas ainda não há patrocinador para sua produção.

TEXTO 4

PESOS E MEDIDAS

[...] A concepção atual de corpo está diretamente ligada ao desenvolvimento da medicina que, desde o século XIX, atribuiu conotações positivas à magreza, correlacionando o excesso de peso a inúmeras doenças. No entanto, mercados como o da publicidade, da estética, da moda são hoje os principais divulgadores de um corpo ideal. Procura-se, assim, instituir uma excelência corporal que constitui o resultado que deve ser atingido ou do qual se procura aproximação.

Cuidar do corpo tendo em vista a melhor aparência vai se tornando, gradativamente, uma necessidade de aperfeiçoar o corpo, que é seguida e estimulada pela expansão de conhecimentos concernentes ao corpo nas áreas de estética, alimentação, saúde e educação, além de técnicas e produtos que lhes correspondem. Estrutura-se, dessa forma, um mercado das aparências, representado por inúmeros profissionais especializados em tratamentos de pele, cabelo, gordura, pelos, unhas e instrumentos de atuação que se encontram em livre desenvolvimento (objetos e produtos para modelar, colorir e alisar os cabelos, aparelhos de eletrochoque para fortalecer o abdômen, raio laser para remover pelos, máquinas de bronzeamento, agulhas contra celulite, shakes para emagrecer, substâncias para suavizar rugas, entre muitos outros). Entretanto, é interessante assinalar que muitos efeitos negativos dessas ‘terapias’ são desconhecidos do grande público. Há estudos, por exemplo, indicando que o bronzeamento artificial e a depilação definitiva a laser podem favorecer a ocorrência do câncer.

Paradoxalmente, a mesma cultura do consumo que proclama a magreza e incentiva diversas formas de remodelação corporal produz um exército de pessoas obesas. Estimula-se, a todo o momento, o consumo de alimentos industrializados, compostos pelas mais diversas substâncias artificiais, sintéticas e gorduras saturadas. Propagandas de cervejas, fast-foods, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, sorvetes e chocolates permeiam nosso cotidiano por meio da televisão e, quase sempre, trazem esses alimentos associados a grandes prazeres, à felicidade e à sensualidade, como é típico das campanhas publicitárias de cervejas e chocolates. Assim, a sociedade, como lembrou o nutricionista Jean Trémolières, cria os obesos e depois não os tolera.

Desta forma, as relações que o mercado estabelece com a expectativa de corpo predominante são múltiplas, criando sempre demandas corporais e novas exigências aos indivíduos. A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, penetraram em todos os recantos da vida. Além da poderosa tarefa de esquadrinhar e normatizar o corpo, oferecem os mais diversos meios para sua fabricação [...]

(TRINCA, Tatiane Pacanaro. Sociologia ciência&vida, n. 4, 2007, p. 65–7.)

10. É correto inferir que, em seu desenvolvimento global, o texto pretende:

A) criticar a obesidade bem como implantar novos critérios para acelerar o mercado de cosméticos associado à medicina estética.

B) minimizar o investimento para uma boa forma corporal através de uma política de aparências.

C) reforçar o atual avanço tecnológico para controlar o índice de obesos.

D) dar incentivo à reeducação alimentar evitando alimentos industrializados, compostos por diversas substâncias gordurosas.

E) elucidar que a remodelação corporal em busca de um padrão valorizado socialmente é regida pela lógica de mercado.

TEXTO 5

Pressa. Ansiedade. E a sensação de que nunca é possível fazer tudo além da certeza de que sua vida está passando rápido demais. Essas são as principais consequências de vivermos num mundo em que para tudo vale a regra do “quanto mais rápido, melhor”. Psiquiatras já discutem a existência de um distúrbio conhecido como “doença da pressa”, cujos sintomas seriam a alta ansiedade, dificuldade para relaxar e, em casos mais graves, problemas de saúde e de relacionamento. “Para nós, ocidentais, o tempo é linear e nunca volta. Por isso queremos ter a sensação de que estamos tirando o máximo dele. E a única solução que encontramos é acelerá-lo”, afirma o jornalista canadense Carl Honoré. “É um equívoco. A resposta desse dilema é qualidade, não quantidade.”

Para outros especialistas no assunto, a aceleração é uma escolha que fizemos. Somos como crianças descendo uma ladeira de skate. Gostamos da brincadeira, queremos mais velocidade. O problema é que nem tudo ao nosso redor consegue atender à demanda. Os carros podem estar mais rápidos, mas as viagens demoram cada vez mais por culpa dos congestionamentos. Semáforos vermelhos continuam testando nossa paciência, obrigando-nos a frear a cada quarteirão. Mais sorte têm os pedestres que podem apertar o botão que aciona o sinal verde – uma ótima opção para controlar a ansiedade, mas com efeito muitas vezes nulo. É um exemplo do que os especialistas chamam de “botões de aceleração”. Na teoria, deixam as coisas mais rápidas. Na prática, servem para ser apertados e só.

O que fazermos com os dois segundos, no máximo, que economizamos ao acionar aquela tecla que fecha a porta do elevador? E quem disse que apertá-la duas, quatro, dez vezes vai melhorar a eficiência? Elevadores, aliás, são os ícones da pressa em tempos velozes. Os primeiros modelos se moviam a vinte centímetros por segundo. Hoje, o mais veloz sobe doze metros por segundo. E, mesmo acelerando, estão entre os maiores focos de impaciência. Engenheiros são obrigados a desenvolver sistemas para conter nossa irritação, como luzes ou alarmes que antecipam a chegada do elevador e cuja única função é aplacar a ansiedade da espera.

(Adaptado de Sérgio Gwercman, Superinteressante, março de 2005, p. 54-55)

11. (TJPE-2007) É um equívoco. A resposta desse dilema é qualidade, não quantidade. (final do 1º parágrafo)

De acordo com a afirmativa acima,

(A) tudo deve ser feito o mais rapidamente possível, pois é a maneira segura que têm as pessoas de acompanhar o estágio atual de desenvolvimento tecnológico.

(B) a pressa que caracteriza o mundo moderno constitui a única possibilidade de usufruir tudo aquilo que ele pode nos oferecer.

(C) devemos adequar-nos ao modo de vida atual, adaptando nosso ritmo às características modernas, que imprimem maior velocidade a todas as coisas.

(D) é preciso aproveitar melhor o tempo de que dispomos, de uma forma menos agitada e mais prazerosa, dentro das comodidades oferecidas pela vida moderna.

(E) tentar realizar o maior número de coisas num espaço mínimo de tempo é um engano, diante das inúmeras opções oferecidas pela vida moderna.

12. (TJPE-2007) Identifica-se o efeito de uma ação e sua causa, respectivamente, no segmento:

(A) Para nós, ocidentais, o tempo é linear e nunca volta.

(B) ... mas as viagens demoram cada vez mais por culpa dos congestionamentos.

(C) – uma ótima opção para controlar a ansiedade, mas com efeito muitas vezes nulo.

(D) Na prática, servem para ser apertados e só.

(E) E, mesmo acelerando, estão entre os maiores focos de impaciência.

13. (TJPE-2007) e cuja única função é aplacar a ansiedade da espera.

O pronome grifado acima substitui corretamente, por seu sentido no contexto, a expressão

(A) dos engenheiros.

(B) da nossa irritação.

(C) das luzes ou alarmes.

(D) dos focos de impaciência.

(E) da chegada do elevador.

TEXTO 6

Antes de os telescópios existirem, os olhos definiam o que existia nos céus. Apenas a imaginação podia criar outras realidades para além da escuridão. Poucos na História ousaram propor que existiam outros mundos, camuflados pelas sombras. Foi o caso de Giordano Bruno, que por essas e outras heresias acabou seus dias na fogueira.

Tudo mudou quando Galileu provou, em 1610, que o telescópio permitia enxergar mundos que, sem ele, permaneceriam desconhecidos para sempre: a realidade material não se limitava ao imediatamente visível. Era inegável – mesmo que alguns tenham se recusado a acreditar – que Galileu havia descoberto quatro luas girando em torno de Júpiter, que jamais haviam sido vistas antes. A consequência dessa descoberta foi profunda: os segredos ocultos nos céus podem ser desvendados com o uso de técnicas de observação e telescópios mais sofisticados. Galileu iniciou uma nova tradição astronômica, a da caça aos mundos.

Em meados do século XX, vários outros mundos haviam sido descobertos. Girando em torno do Sol, os planetas Urano, Netuno e Plutão; em torno dos planetas, dezenas de luas; entre Marte e Júpiter, um cinturão de asteroides, restos rochosos de um planeta que nunca se formou. Os astrônomos não tinham dúvida de que, com telescópios mais poderosos, novos mundos seriam descobertos. O mistério, no entanto, permanecia. Que mundos seriam esses? E o que poderiam nos dizer sobre a formação do Sistema Solar e sobre o passado da Terra – o nosso passado?

(Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, Mais!, 5 de março de 2006, p. 9)

14. (TJPE-2007). Conclui-se corretamente do texto que

(A) o espaço sideral sempre constituiu a fonte de indagações sobre o mistério da vida humana na Terra e, possivelmente, em outros planetas.

(B) a astronomia é um ramo do conhecimento humano que oferece poucas bases realmente científicas, pois seu campo de estudos é infinito e cheio de mistérios.

(C) a existência de outros corpos celestes, além da Terra, foi um assunto sempre deixado de lado, por causa da perseguição religiosa aos primeiros astrônomos.

(D) o desenvolvimento de novas técnicas de observação, além de aparelhos mais possantes, permitiu aos astrônomos decifrarem os inúmeros mistérios do espaço sideral.

(E) a ampliação do conhecimento humano sobre o Universo tornou-se possível com a invenção de novos instrumentos que propiciaram inúmeras descobertas.

15. (TJPE-2007). Uma possível resposta para o mistério colocado nas questões finais do texto é:

(A) Observar luas em torno de planetas leva à conclusão de que técnicas de observação mais modernas e adequadas abrem o caminho para uma realidade material.

(B) Identificar novos mundos e nomeá-los sempre foi a maneira como os primeiros cientistas tentaram explicar a realidade em que viviam.

(C) Esclarecer os segredos ocultos nos mundos perdidos no espaço foi o objetivo dos astrônomos, desde o início dos tempos.

(D) Estudar novos mundos nos remete às nossas origens, pois dividimos o mesmo passado, que se encontra na origem do Sistema Solar.

(E) Imaginar outras possíveis realidades no infinito espaço cósmico foi uma atitude sempre apoiada na fé professada pelos primeiros astrônomos.

16. (TJPE-2007) Antes de os telescópios existirem, os olhos definiam o que existia nos céus.

A frase inicial do texto significa corretamente, em outras palavras,

(A) Antes da invenção de telescópios, a observação do espaço limitava-se ao alcance da vista humana.

(B) Com instrumentos como telescópios, foi possível aos olhos humanos descobrir todo o espaço celeste.

(C) Tudo o que existia nos céus era determinado pelas pessoas, antes que elas tivessem os telescópios.

(D) A definição de céu existia ainda antes de serem inventados os telescópios.

(E) Observando o espaço com a ajuda de telescópios, os olhos os definiram bem antes.

GABARITO:

1.D 2.E 3.C 4.B 5.C 6.E 7.B 8.A 9.E 10.E 11.D 12.B 13.C 14.E 15.D 16.A

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